sábado, 10 de agosto de 2013

Apresentação da T e W Dança de Salão


A T e W Dança de Salão se apresentará no Aldeia Sesc no dia 19/08, às 20h, no Sesc Poço, Maceió, com a coreografia "Quimera". Para visualizar a programação completa acesse o site:

http://www.sescalagoas.com.br/imprensa/noticias/index.asp?vCod=776&idioma=pt

Aprofundando (ou tentando) o assunto...


     Como disse na 1ª postagem, algumas pessoas confundem alguns conceitos do que é Dança de Salão, e vários estigmas a perpassam: é uma dança de “velho”?!; é apenas dos jovens!?;  é machista; das elites; de difícil execução ou não precisa fazer aula?!; é “dura”, rígida; é apenas para um tipo específico de música. Então, vamos pensar um pouco.
Se fosse algo de “velho”, e por isso algo ruim, teríamos que considerar que nossos pais, tios, avós, enfim, todos que são mais velhos que nós ou que estiveram aqui antes nada fizeram ou de nada valeram, e sinceramente eu não acredito nisso, pois acho que os mais velhos têm muito a ensinar, e os mais novos a aprender, e vice-versa. Obviamente, também não é só dos jovens, apesar de, atualmente, alguns elementos e modalidades necessitarem de um pouco mais de energia, força e elasticidade muscular em alguns casos, mas não durante toda a dança. Para se fazer certas pegadas e outras coisas mirabolantes é necessária muita força, mas essas “mirabolâncias” não são condizentes com o salão de baile. Enfim, idade é indiferente, o que importa é o espírito livre e a vontade de aprender e experimentar. Tachar a Dança de Salão de machista é desconsiderar que ela só acontece a dois, fazendo com que homem e mulher tenham igual importância para que a Dança de Salão aconteça. O homem, a quem na Dança de Salão tradicionalmente chamamos de “cavalheiro”, deve agir de fato como um cavalheiro, e aprender que tem de tratar bem a “dama”, e ambos têm de se respeitar. Costumo dizer que a Dança de Salão é uma reação química: o homem é o “reagente” e a mulher o “catalisador”. O que vemos é o produto da reação. A condução não torna a dama submissa, ela é a prova (quando bem entendida e executada) de que há forte interação e sintonia no casal, independente da relação afetiva que ali ocorra, e de que ambos entenderam a técnica. E condução não significa força (a ponto de quebrar os ossos da mulher). O correto é aplicar a técnica. Da elite? Há alguns séculos a resposta seria sim, mas não hoje. As Danças de Salão saíram dos salões da aristocracia e foram, durante o sec. XX, passando cada vez mais a fazer parte do dia-a-dia do povo, o que não quer dizer que tenha jogado fora regras e fundamentos técnicos. Existem algumas exigências quanto à elegância, bons modos, boa educação (o que hoje nem todos os que trabalham com a Dança perpetuam), mas ela não é pedante. Bem, é difícil ou fácil? Nem uma coisa nem outra. É necessário técnica e treino, respeitar o próprio tempo e respeitar o tempo do outro. As Danças de Salão, principalmente as que têm forte influências africanas e latinas, são mais “soltas”, com mais “molejo”. Mas calma, isso não significa que é “mole”, apenas temos de lembrar que o povo latino, africano e afro-latino (enfim, nós) possui um “sangue”, um “swing” mais quente, o que também aparece nas danças. Mesmo assim, se alguém está pensando que as Valsas (sim, existe mais de uma), são danças “duras”, cuidado: a Dança de Salão é, por natureza, executada com extrema fluidez, leveza, enfim passeando-se pelo salão, e a Valsa, sendo pioneira nesse aspecto, solidificou esse conceito. As músicas para a Dança de Salão são, na sua maioria, as músicas populares. E, em inúmeros gêneros de música popular, conseguimos dançar alguma Dança de Salão, então, não é tão restrito assim, sendo até uma ótima oportunidade de fazer amigos, ou você não gosta de sair para dançar em boas companhias?
Bom, é isso. Abraços dançantes.